MONUMENTO AO POETA FEDERICO GARCÍA LORCA
Praça das Guianas
Avenida 9 de Julho
Poucas pessoas sabem, mas São Paulo abriga a primeira obra em homenagem a Federico García Lorca no mundo e um dos poucos símbolos em memória às vítimas da Guerra Civil Espanhola. Trata-se de uma escultura feita em ferro e madeira que é também uma das primeiras manifestações de arte abstrata de São Paulo.
Assim como a vida do poeta andaluz, a trajetória da escultura, desde sua criação até hoje, é marcada por lutas e idealismo. A comunidade espanhola, entre as décadas de 60 e 70, era formada por muitos anti-franquistas. Algumas destas pessoas fundaram o Centro Democrático, entidade que tinha diversas atividades pró-democráticas e culturais. Foi neste ambiente que surgiu a idéia de homenagear García Lorca com um monumento. A escultura foi concebida por Flávio de Carvalho e executada por um grupo de espanhóis.
Uma trajetória cheia de ideais
No dia 1º de outubro de 1968, em plena ditadura militar aqui no Brasil, o monumento foi instalado. O local escolhido foi a Praça das Guianas, próximo à Avenida 9 de Julho. Quem presenciou a inauguração não imaginava que um ano depois, a obra seria destruída pelo Comando de Caça aos Comunistas (CCC).
Os restos foram parar na prefeitura e ficaram lá até 1971, quando a comunidade espanhola conseguiu recuperá-los. Foi restaurado, ficou um período na Bienal, depois foi levado ao Masp e, em 1979, voltou ao lugar inicial, na Praça das Guianas.
Em 1993, a Sociedade Hispano-Brasileira comprometeu-se com a prefeitura de São Paulo em manter a Praça das Guianas conservada, em troca da restauração do Monumento a Federico García Lorca. Hoje, a obra é motivo de orgulho para a comunidade espanhola que vive na capital.
Um comentário:
é só clicar na imagem para ver o "excelente" estado de conservação da obra.
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