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O Hotel Green Garden é uma companhia de teatro de pesquisa formada em 2007 que busca uma re-ligação com o universo mítico do teatro, priorizando a relação entre tempo e espaço cênico, os rituais enquanto processos teatrais e a poética da imagem.

O processo criativo da companhia tem como referência as pesquisas desenvolvidas pelo diretor teatral Antunes Filho, com quem Ivan Feijó trabalhou no CPT (Centro de Pesquisa Teatral) por quatro anos na década de 80. A cia. tem aprofundado sua pesquisa à partir das obras de Gordon Craig, Adolfo Appia, Antonin Artaud, do cineasta Andrei Tarkovsky, do poeta Federico Garcia Lorca, de Mircea Eliade e Junito de Souza Brandão, além dos diretores Peter Brook, Tadeusz Kantor e da coreógrafa Pina Bausch.

Em seus dois anos de atividade, 0 Hotel Green Garden apresentou o espetáculo O Concílio do Amor (2007) de Oskar Panizza e a performance Os Cantos do Hotel (2009) composta de poemas de Federico Garcia Lorca.

sábado, 4 de outubro de 2008

O Concílio do Amor

O Primeiro espetáculo



A encenação do primeiro espetáculo O Concílio do Amor teve como objetivo valorizar o caráter simbólico das personagens por meio de uma encenação poética, e que torna ainda mais relevante a linguagem escolhida pelo diretor no cenário cultural brasileiro.




O Concílio do Amor traça um paralelo entre a decadência da sociedade italiana no séc. XVI, sob o domínio da família Bórgia, com a sociedade ocidental contemporânea. O espetáculo retrata o céu, a terra e o inferno como caricaturas distorcidas pelo próprio Homem. O Concílio formado por Deus, Maria, Jesus Cristo e o Diabo articula uma vingança contra a humanidade, que se afundou na luxúria durante o papado de Alexandre VI.




O Espetáculo escancara a figura desses Deuses que estão distorcidos por estarem esquecidos. Reflexos do Homem e de sua impotência enquanto indivíduo, que vê a sua realidade se esfacelando nas engrenagens do poder. A peça escrita em 1853 por Oscar Panizza na Alemanha foi escolhida pelo Hotel Green Garden como forma de expressar essas incongruências que atravessaram os séculos e se manifestam nos nossos dias.




O Diretor Ivan Feijó, com sua experiência de mais de 20 anos de teatro e cinema, propôs uma abordagem contemporânea do tema, partindo de uma estética simbolista e expressionista que ressalta a teatralidade e a sensualidade, e se utiliza de elementos da cultura pop, do kitsch, e dos estímulos sensoriais. O resultado é um espetáculo artístico jovem e extremamente rico em símbolos e referências.




Um comentário:

Françóis Moretti disse...

maravilha de blog...parabens pelo trabalho gui...abração a todos os caixapretianos